A Coreia do Norte está mirando nas Exchanges de Bitcoin da Coréia do Sul

A Coréia do Norte, um estado isolado que, amplamente, acredita-se estar por trás de ataques cibernéticos em instituições financeiras em todo o mundo nos últimos anos, também pode ter tentado roubar moedas digitais para evitar sanções, disse uma importante empresa de segurança cibernética.

Hackers ligados à Coréia estão envolvidos em ataques às exchanges de criptomoedas na Coréia do Sul, disse FireEye.

 

“Desde maio de 2017, observamos que os hackers norte-coreanos visam pelo menos três exchanges sul-coreanas de moedas digitais com objetivo de roubar fundos”, disse Luke McNamara, analista sênior de Inteligência Cibernética da FireEye.

Observamos que, nesses casos, os alvos costumam ser contas pessoais de e-mail de funcionários das exchanges, frequentemente usam iscas fiscais e implantação de malware … ligados a hackers norte-coreanos suspeitos de serem responsáveis por invasões a sistemas financeiros globais em 2016. 

As reivindicações vêm num momento em que as relações da nação comunista com a comunidade internacional estão bastante tensas. Na terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade novas sanções contra a Coréia do Norte, uma semana após a realização do sexto e maior teste nuclear até então.

O post de McNamara não identificou as três exchanges alegadamente alvejadas ou insinou que as tentativas de roubo foram bem-sucedidas. O incidente em abril, no qual wallets sul-coreana Yapizon foram comprometidas, não pode ser claramente vinculadas aos hackers norte-coreanos, ele escreveu.

Leia mais: Bitcoin pode chegar a US$ 8.187 ainda esse ano

Criptomoedas podem ser uma maneira atrativa para Pyongyang de falhar os controles financeiros internacionais, sugeriu McNamara, que está próximo a Washington, D.C.

 

“Se os hackers direcionarem para uma exchange própria (em oposição a uma conta ou wallet), eles podem deslocar moedas digitais de uma wallet, trocá-las por outras moedas anônimas ou enviá-las diretamente para outras wallets para retirá-las em moedas como o won sul-coreano, dólares dos EUA ou renminbi chinês “, escreveu McNamara, acrescentando:

À medida que o ambiente regulatório em torno da criptografia ainda está crescendo, algumas exchanges de diferentes localidades podem ter controles ineficazes contra a lavagem de dinheiro, facilitando esse processo e tornando as exchanges uma tática atrativa para quem procura uma moeda forte”.

A Missão Permanente das Nações Unidas da República Popular Democrática da Coréia não quis comentar.

Fonte: Coindesk

Foto de André Cardoso
Foto de André Cardoso O autor:

André , ariano, engenheiro, empreendedor, trader de criptos profissional, palestrante e professor. Adora números, gráficos e aprender coisas novas.