Japão pune sete exchanges, suspendendo duas delas

O órgão regulador das questões financeiras do Japão puniu sete exchanges do país, suspendendo as operações de duas delas. “A agência teme outro hack como o da Coincheck,” declarou o órgão após a realização de recentes inspeções em todas as exchanges do Japão, revelando a adoção de medidas inadequadas para proteger os clientes.

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FSA pune sete exchanges

A Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) anunciou nesta quinta-feira que sete exchanges foram punidas, ordenando que duas delas suspendessem suas operações, em um esforço para melhorar a proteção dos clientes, relatou a Reuters.

Bit Station e FSHO terão seus serviços suspensos de 8 de março até 7 de abril. As duas são quasi-operators, significando que elas podem operar enquanto seus registros estão pendentes de análise pela FSA. A agência também pediu que as duas exchanges submetam planos de melhoria dos serviços até 22 de março, relatou o jornal local Mainichi.

Além disso, Tech Bureau, GMO Coin, Lemuria Bitcoin Exchange (Bitcrements), Mister Exchange e Coincheck também receberam ordens da FSA para melhorarem seus serviços, detalhou o veículo de notícias japonês. As duas primeiras já são exchanges licenciadas, enquanto as três últimas são quasi-operators.

Desde a vigência da revisão do ato dos serviços de pagamento, em abril do ano passado, as exchanges precisam se registrar junto à FSA. Dezesseis delas já estão licenciadas até agora. Além disso, mais dezesseis receberam permissão para operar como quasi-operators.

Há, ainda, relatos de que mais de 100 companhias estão buscando adentrar a esfera das criptos e operar suas próprias exchanges.

A FSA disse que um funcionário sênior da Bit Station foi encontrado utilizando bitcoin dos clientes em questões pessoais, detalhou a Reuters, acrescentando que a exchange ”cancelou seu pedido para se tornar uma operadora licenciada.”

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Problemas encontrados durante as inspeções

Após o hack da Coincheck em janeiro, a FSA começou a inspecionar todas as exchanges do país.

“As inspeções se direcionaram a muitas das 16 exchanges já licenciadas do país, e a todas as 16 exchanges que ainda não foram oficialmente registradas junto às autoridades,” comentou a Nikkei.

Além disso, o veículo de notícias japonês acrescentou:

“Embora não tenham sido finalizadas, as inspeções da FSA encontraram problemas relacionados à proteção dos clientes e às medidas de prevenção contra lavagem de dinheiro, em uma escala suficiente para temer outro hack semelhante ao da Coincheck.”

Ainda segundo a Nikkei, a FSA achou cinco destas exchanges ainda não licenciadas “particularmente problemáticas,” acrescentando que elas deverão atender aos requerimentos da agência e completar o processo de registro, ou terão que abdicar de suas funções.

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FSA afirmou que a Coincheck possui fundos suficientes

Quando a Coincheck foi hackeada em janeiro, 58 bilhões de ienes (aproximadamente US$550 milhões) em NEMs foram roubados, fazendo com que o valor da referida criptomoeda tropeçasse.

Após o incidente, a FSA emitiu uma ordem de melhoria de serviços direcionada à exchange, demandando que a companhia fortalecesse sua supervisão e seu gerenciamento do sistema, pontos falhos que possibilitaram a ocorrência do hack.

A Coincheck prometeu restituir aos seus clientes uma porção do que eles perderam, embora muitos tenham questionado se a exchange teria dinheiro suficiente para adotar tal medida. A FSA anunciou nesta quinta-feira que tal questão foi verificada, concluindo que a Coincheck tem o dinheiro necessário para cumprir com sua promessa.

Fonte: Bitcoin.com

Edição: WeBitcoin