Kodak adia ICO, futuro é incerto

A aguardada ICO de $20 milhões da KodakCoin deveria ter acontecido no dia 31 de janeiro. Contudo, a notória marca anunciou na noite antes do lançamento que precisaria de, pelo menos, muitas semanas para conhecer melhor seus clientes, enquanto adentram a “fase de verificação de compradores”, deixando mais de 40 mil compradores em potencial, que querem uma parte da criptomoeda centrada em fotografias, esperando.

Investidores assustados evitaram a KODK, mediante à queda de 13% das ações, após receberem um aumento de 200% quando a ICO da KodakCoin foi anunciada.

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O atraso vem juntamente com outras notícias graves, notadamente a veiculada pelo The New York Times, onde algumas práticas da marca são questionadas.

Times sugere que a entrada da Kodak no mundo das criptomoedas, que é sua aposta para um retorno triunfal, está recheada de decisões questionáveis, notadamente no que tange alguns de seus parceiros de negócios: uma agência de fotos de paparazzi, um promotor de penny stocks e uma companhia que oferece o que foi chamado de “máquina mágica de fazer dinheiro.”

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Na mira

A Kodak, que há poucos anos solicitou proteção para prevenir sua falência, provavelmente sabia que estaria sendo observada de perto, mesmo registrando sua token como segura, tendo em vista os duros requisitos adotados pelos órgãos reguladores recentemente em relação às ICOs e criptomoedas.

O presidente da SEC, Jay Clayton, em um discurso promovido em 22 de janeiro, falou sobre companhias que “mudaram seus modelos de negócio para capitalizar nas promessas da tecnologia de livros contábeis distribuídos,” sendo possível que tenha mencionado a Kodak.

Enquanto isso, com todas essas controvérsias, KodakCoin é um projeto aguardado por fotógrafos, já que ela resolve muitos de seus problemas. Utilizando uma tecnologia de livros contábeis distribuídos, fotógrafos podem registrar suas fotografias e licenciá-las, tornando possível que eles sejam pagos com mais facilidade pelos seus serviços, bem como facilita punir quem violar a política de copyright.

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O chefe da Kodak, Jeff Clarke, disse ao Times que problemas como este do copyright, que assolam a indústria da fotografia, levaram-no até a tecnologia blockchain.

“Não se trata de uma empresa qualquer criando uma criptomoeda. Esta é uma solução real para direitos digitais, assunto com o qual a Kodak está envolvida por muitos anos,” disse Clarke ao Times.

A ICO da KodakCoin tem como público alvo investidores credenciados nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, conforme seus relatórios iniciais.

Enquanto isso, o assessor chefe que a Kodak escolheu para o seu projeto envolvendo blockchain soará mais alguns alarmes nos órgãos reguladores. Cameron Chell foi banido da Alberta Stock Exchange por cinco anos no final dos anos 90, além de ser multado em $25000, por violação de regras. Antes disso, uma das companhias de Chell fechou as portas, após alegações de fraude ligadas ao seu presidente se tornarem públicas.

Não é a primeira impressão que a Kodak deseja passar para os órgãos reguladores, ou para seus investidores.

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Fonte: CCN.com

Edição: Webitcoin