Minerar ouro consome 20 vezes mais energia do que minerar Bitcoin

Site desmente alegações acerca da “problemática” mineração de Bitcoin

Segundo o site LongHash, mais de US$87,3 bilhões são gastos anualmente na mineração de ouro. Em contraste, menos de US$4,3 bilhões são utilizados para minerar Bitcoin.

Webitcoin: Minerar de ouro consome 20 vezes mais energia do que minerar Bitcoin

Essencialmente, a mineração de ouro requer 20 vezes mais energia e custos do que a mineração de Bitcoin, apesar da narrativa que circula desde pico de valor da criptomoeda no ano passado, que consiste no impacto negativo que ela está causando ao meio ambiente.

Leia mais: Astro do League of Legends é hackeado: criptomoedas e US$200 mil foram roubados

Ouro vale US$7,8 trilhões?

Atualmente, o mercado das criptomoedas vale US$200 bilhões, enquanto a capitalização de mercado total do ouro beira os US$8 trilhões. Tendo em vista tamanha discrepância na valorização dos dois mercados, analistas poderiam alegar que o custo maior em energia para minerar ouro é justificável.

Entretanto, para que isso fosse verdade, seria necessário assumir que o único propósito intrínseco na mineração de Bitcoin é para aumentar o suprimento da criptomoeda dominante, visando garantir que exista BTC suficiente em circulação para atender à crescente demanda do ativo.

Assim como ocorre com o Bitcoin e qualquer outra criptomoeda proof of work do mercado, a mineração envolve a compensação de transações. Isso quer dizer que, se a mineração de criptomoedas fosse comparada à mineração de ouro, seria mais preciso comparar o custo da mineração de BTC com o custo combinado da mineração e transferência do ouro.

Além do mercado de barras de Londres (LBMA), o maior mercado de balcão para negociação de ouro e prata, e seus parceiros de liquidação HSBC, ICBC Standard Bank, JPMorgan, Scotiabank e UBS, existem diversas câmaras de liquidação e corretoras de ouro que supervisionam a transferência da mais tradicional reserva de valor.

Consequentemente, se o custo da energia utilizada para minerar o ouro e o custo das câmaras de liquidação e agências de transferência forem combinados, a comparação da energia utilizada pelo Bitcoin e pelo ouro exibiriam uma massiva diferença.

O argumento contra o uso de energia do Bitcoin também é falho, quando se considera a rápida taxa de adoção de energias renováveis. Em algumas regiões, como Chile e sudoeste da China, a oferta de energia renovável é tão abundante que é oferecida de graça para lares e corporações.

Evidentemente, a maioria dos centros de mineração atualmente depende de fontes de energia não renováveis, pois elas tendem a ser mais baratas. Contudo, o problema de utilização de energia que os analistas utilizam contra o Bitcoin não é exclusivo da criptomoeda dominante. O mesmo argumento pode ser utilizado contra ouro, prata, moedas fiat e qualquer outra forma de dinheiro atualmente disponível.

Leia mais: EOSfinex: Bitfinex revela informações sobre nova exchange

Não há problema

Conforme afirmou John Lilic, membro do estúdio de desenvolvimento do blockchain Ethereum, ConsenSys, o custo unitário de cada transação em cripto é maior do que as transações feitas por bancos e sistemas tradicionais. Porém, conforme a indústria adota sistemas de otimização de energia, o consumo das criptomoedas continuará sendo um “não problema”, especialmente quando se trata do Ethereum.

“A questão principal é se o custo da energia bruta utilizada pelas criptos é compensado pelos benefícios, como custódia de ativos. Minha resposta é sim! Compensa, mas apenas se nossa indústria priorizar e continuar trabalhando em ganhos que são energicamente eficientes, como Proof of Stake,” explicou Lilic.

Fonte: CCN